O momento que vivemos hoje, com o isolamento social, nos proporcionou ter um outro olhar sobre nós mesmos.
Fazemos lives em casa, ao vivo, sozinhos, em família, participamos e as assistimos.
Porém, principalmente mais que tudo, estamos fazendo uma live da nossa vida. Conversamos com o nosso eu, contamos a nossa história e questionamos como seguir sendo felizes. Afinal de uma hora para outra tudo muda.
“ O sentido da vida constitui um questionamento filosófico acerca do propósito e significado da existência humana“.
Segundo P. Tiedman, este questionamento marca a “interpretação do relacionamento entre o humano e seu incrível mundo“.
Neste momento não existe pensar em idade ou tempo. Questionamos do nosso propósito de vida, a nossa carreira, o trabalho e as escolhas profissionais. E este questionamento, segundo a pesquisa da Pearson, fez com que durante esta crise 76% dos brasileiros repensassem seus caminhos profissionais, quer seja por necessidade ou por insatisfação, que se intensificou mais nos últimos tempos.
Segundo Adriana Gomes, coordenadora do programa de Integração Nacional de carreiras da ESPM, “ … após esse momento de dúvida o sentimento constante de quem deseja realmente mudar é o de perda de conexão com as atividades atuais“.
Então vem a reflexão: O que estou fazendo aqui?
– Levanta-se o questionamento de uma perda do sentido profissional. Muitas vezes sentimos que é hora de mudar, sair da zona de conforto. Mas essa decisão ainda é angustiante e nos traz vários medos. Que quando encarados de forma real e desafiadora podem ser o combustível para nos abastecer de energia e levar-nos a encarar os próximos passos. Não deixe o medo te congelar. Para a tomada dessa decisão, e entendermos qual rumo seguir, um dos pilares mais importantes é o autoconhecimento, que acontece quando, revisitamos nossa história, nossos valores e nossas paixões. Enfim, descobrindo o nosso propósito de vida. O importante é entender o que nos conecta com o mundo, o que nos faz levantar todas as manhãs (nossa razão de ser) e o que nos faz feliz.
O autoconhecimento é um alicerce importante no processo de transição de carreira. O exercício de se conhecer melhor faz com que tenhamos mais gestão sobre nossas emoções, como lidar com frustrações e ansiedades, e esta gestão ajuda em escolhas mais assertivas e decisões mais conscientes e produtivas ao longo da vida e da trajetória da nossa carreira.
“Se o homem buscasse conhecer-se a si mesmo primeiramente, metade dos problemas do mundo estariam resolvidos”.
John Lennon
Somos protagonistas da nossa história e devemos nos apropriar dela. Segundo Sócrates é o melhor caminho de acesso a esta verdade. Esse processo de autoconhecimento é contínuo e permanente. E além de ser um processo de autorreflexão, é também através de leituras, conversas com amigos, que podemos aprender mais sobre nós mesmos. Alguns instrumentos podem nos auxiliar neste processo de autoconhecimento:
– Exercício de um processo reflexivo;
– Ferramentas de avaliação e análise do perfil comportamental, como os Assessments, que auxiliam no reconhecimento e identificação valores, crenças, estilo de ser, preferências profissionais e ao mapeamento de competências socioemocionais que nos ajudam no desenvolvimento do planejamento de carreira. Em determinadas situações, o profissional de Gestão e Transição de Carreiras poderá te ajudar.
Durante este processo, nos tornamos responsáveis pelas nossas escolhas pessoais e profissionais. Muitas vezes ficamos insatisfeitos e percebemos que é hora de mudar a vida profissional.
O que fazer neste momento?
Primeiro passo é identificar quais os motivos para essa insatisfação e fazer as seguintes perguntas:
⁃ O que está me deixando de fato insatisfeito? É algo mais generalizado ou uma situação específica?
– Estou passando por um período estressante? Há quanto tempo me sinto frustrado com a minha carreira?
Nomeie o que não está bom. Crie uma lista de prós e contras.
Agora é partir para a mudança. Alguns passos a seguir:
1 – Tenha certeza da mudança. Se ela não é apenas uma sensação temporária causada pela crise, pelo desemprego ou mesmo pelo ambiente da empresa na qual trabalha;
2- Faça um check-up interno e um profundo processo de reflexão. Gere idéias, invista no autoconhecimento;
3- Planeje sua transição. Estude áreas para as quais deseja migrar. Procure entender como está o mercado e o futuro da área escolhida;
4- Faça um planejamento financeiro, pois muitas vezes para iniciar em uma nova carreira é preciso recomeçar como Junior;
5- Investigue sobre as competências necessárias para o exercício desta nova atividade;
6- Procure alternativas para estar inserido neste novo mercado. Pode ser tanto no mundo organizacional ou empreendendo;
7- Busque se atualizar para exercer esta nova carreira. Faça cursos, participe de workshops online que sejam do seu interesse, atualize-se em tecnologia;
8- Se for empreender, procure entender, explorar e pesquisar o mercado. Analise tendências e inovações do ramo que pretende empreender. Converse com pessoas e contatos da área;
9- Faça um plano de negócios, procure organizações que prestam apoio ao empreendedor, consultoria e mentorias;
Segundo a frase de Heráclito “Tudo flui e nada permanece”. Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio. Quando imergimos, águas novas substituem aquelas que nos banharam antes. Para ele, o universo anda num eterno fluir.
Aceite e adapte-se às mudanças. Construa todos os dias a sua história em busca do seu propósito. Isto é Felicidade e Sucesso, sentimentos que transbordam de dentro para fora.
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Instagram Gestao_Carreiras – @elianekreisler
Linkedin – Eliane Kreisler
*Eliane Kreisler: Sócia Fundadora da EK Consultoria Gestão e Carreiras, focada em desenvolvimento e transição de carreira, autoconhecimento, softskills e planejamento. Pedagoga, pós graduada em Gestão de Pessoas pela FDC e certificada em Personal e Executive Coach.Profissional com 35 anos de experiência em grandes empresas, na área de Recursos Humanos.
Atua em projetos para 50+, que estudam as ações e a relação intergeracional em ambientes profissionais ,com visão 360 graus, para que as empresas identifiquem pontos comuns que favoreçam a relação de convívio “Ganha – Ganha”.