FELICIDADE: COMO ACHAR E NÃO PERDER MAIS

Felicidade. Por onde será que ela anda? Já foi tema de novela, de  filmes, livros. É sonho e aspiração de muitas pessoas, mas como  podemos encontrá-la? Você sabe? Eu acredito que temos muitas  pistas a serem seguidas para encontrá-la. Acredito também que ela é  muito mais do que se imagina e ao mesmo tempo também está mais  perto do que pensamos. Acho que felicidade, pra início de conversa, é  uma escolha de vida. Depois é um grande exercício diário, prioritário  e, dubiamente, o caminho e o destino. 

Tenho convicção que a Felicidade é uma habilidade que pode ser  desenvolvida e que vale a pena, pois é um compromisso que todos  devemos ter com nós mesmos. É a razão que nos fortalece de fé e  esperança. É a alegria dos detalhes, o encanto dos sabores, a  vivência de cada experiência. É ação e movimento, uma revolução  pessoal para a construção de um estilo de vida. Não pense, caro  leitor, que sou uma Poliana. Não nego as dores e o sofrimento, mas  escolho fixar o melhor de cada momento. Em cada experiência de  vida existem detalhes de dor e amor, de sombra e luz, de negativo e  positivo. 

Escolher o que é melhor para si e construir a sua trilha é o começo da  viagem/caminho/destino Felicidade. Comecemos por fazer as malas.  Coloque na sua bagagem os melhores frutos, as melhores histórias,  não importa por quanto tempo foram vividas, e sim as que você  viveu e te marcaram mais. Feitas as malas, vamos focar na trilha a  ser seguida. Ela está dentro de você. Uma frase célebre diz: “Viajo  para reconhecer minha própria geografia”. Para conhecer a trilha  interna, experimente, cultive e sinta a diferença entre seus próprios  dias. Descubra e analise o que torna um dia mais colorido que o  outro. 

Malas prontas, caminho escolhido, chegamos ao terceiro passo.  Estabeleça o padrão mental modo Felicidade. Dedique-se por alguns  minutos diários a praticar meditação. Isso promove uma faxina  mental e deixa sua “casa” arrumada, linda e perfumada. Nesse  espaço limpo e organizado, insira e cultive pensamentos positivos  vendo os fatos da vida por uma ótica de aprendizado, gratidão e  evolução e não de obstáculo, tristeza e sofrimento. 

*”Não é a felicidade que nos torna gratos, mas a gratidão que  nos torna felizes” Martin Seligman*

*”A felicidade é uma experiência de contentamento e bem  estar combinado às sensações de que a própria vida possui o  sentido de valer a pena” Sonja Lyubomirsky* 

Esses pensamentos podem parecer auto-ajuda, mas são ciência. Se  chama Psicologia Positiva. Na filosofia, recebe o nome de poder de  escolha e na religião conhecemos como livre-arbítrio. 

Quando pensamos em sermos felizes, precisamos entender que é  necessário mudar a atitude. Mova o ponto de apoio, mude a  realidade. A nossa atitude mental, os padrões que seguimos ao longo  dos anos, as crenças limitantes, o lugar que nos colocamos, a lente  com que enxergamos. É preciso mudar, se deslocar e conhecer outros  pontos. Essa mudança não precisa ser feita de forma devastadora.  Ela pode ser conduzida aos poucos com 

observação e atenção. Ter uma atitude mental positiva transforma  vidas e amplifica possibilidades. 

Mais importante que acreditar na própria capacidade é acreditar que  é possível melhorar essa capacidade. É infinito o campo do  aprendizado, do crescimento e do desenvolvimento. Estimule a sua  capacidade de transformar, aprender e inovar. Estas são ferramentas  que vão determinar o seu próximo nível. 

Então entendemos que, contrariando a máxima de que dinheiro traz  felicidade, é o seu cérebro quem manda buscar felicidade dentro de  você. Todo processo tem início lá dentro. Seus pensamentos e suas  

ações. Treinar para detectar aspectos positivos pode nos ajudar a  encontrar oportunidades nas adversidades. Desenvolva seus hábitos,  evolua, busque conexões de qualidade, nutra relações positivas. Os  efeitos de um princípio acionam outros. 

Promova um alto desempenho nos seus hábitos, estimule o contágio  emocional positivo. Multiplique! Os avanços recentes da Psicologia  Positiva e da Neurociência comprovam o sucesso da felicidade.  Entenda que essa jornada é cultivada, praticada, treinada, estimulada  e não existe se não for compartilhada. Isso não quer dizer que você  não ficará triste ou viverá no mundo encantado de “Alice”. A ideia é  potencializar suas forças para treinar o seu olhar a encontrar o que  for de melhor e positivo dentro de uma situação conflituosa e  adversa.

Para ter êxito, pratique a atenção plena. Desenvolva um mindset de  crescimento, abra-se a essa evolução, perceba as modificações que  estão ocorrendo em seu dia a dia, anote as pequenas coisas que te  fazem feliz, até onde os pensamentos positivos te transportam e  perceba inteiramente esse poder. 

A atenção plena nos conduz a momentos valiosos que estão no aqui e  no agora. A felicidade é assim. Não vive no passado nem te espera  no futuro. Ela está aqui e agora. Em cada instante. Praticando a  atenção plena, nos tornamos mais calmos e concentrados e  dificilmente perdemos nosso “eixo” por algum fator externo. O caos  fica lá fora. Aqui dentro habita nosso super poder – Felicidade – que  vai ampliar seu círculo de atuação no mundo. Quem é feliz é mais  generoso. Quem é feliz cuida da própria vida e não reprime os outros.  Nem tem tempo para perturbar a vida alheia porque está vivendo  plenamente a própria vida! 

Essas palavras extraídas do livro “Atenção Plena” do Dr. Ken A. Verni  compõem uma lista de maneiras ativas para introdução da felicidade  em sua vida. 

– Partilhar – Ouvir – Gostar – Conectar – Amar – Relaxar – Divertir – Tocar – Liberar 

– Tranquilizar – Aprovar – Recomendar – Aliviar – Brincar – Apoiar – Confirmar 

Ser feliz traz saúde. Reforça e eleva a autoestima, a autoconfiança,  promove maior prazer no lazer, melhora os relacionamentos, traz  satisfação no trabalho, melhor foco nas metas e a liberação de todo  seu potencial. 

Invista na sua felicidade, ela é somente sua. Cultive! Viva! Tudo é  uma questão de foco, disciplina e treinamento. A principal decisão (e  também difícil) é treinar seu cérebro para capitalizar as possibilidades  existentes. Porque, como definiu Shawn Achor, “ser feliz não é  acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos”. 

Permita-se!